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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O desgostoso sabor da verdade



Pessoas odeiam verdades. O que, na verdade é muito simples de entender.
Desde pequenos, somos ensinados de que mentir é feio, errado, mal...
Porem, somos bombardeados de mentiras:
"Pode comer que é bom", " Esse peixe não tem espinha", "Merthiolate não arde... assopra!"

(o que foi? Na minha época ardia pra porra). 




Fora o time de amigos imaginários..noel daqui, coelho dali, fada de não sei o que, deuses...
Não, não é uma critica ao mundo lúdico... adoro ele. Mas a pessoa cresce já acostumada a receber mentiras. Acho que os reais culpados desse fato são os pais... que usam da ingenuidade infantil para uma manipulação sutil... "Já Já o papai vai.."



Não importa o culpado... é um fato de que a verdade machuca.
Milhões são feitos pela TV e cinema quando personagens que usam a verdade aparecem... é engraçado, mexe conosco ver alguém recebendo uma saraivada de verdades.
House é um bom exemplo disso. Adoro ver ele esfregar a verdade da cara das pessoas.



Quando pequeno, adolescente, eu mentia muito. Sempre fui muito esperto e lúdico... conseguia criar em minha mente, cenários inteiros onde minhas mentiras eram inseridas, me dando respaldo necessário para não rir quando meus pais perguntavam...
Hoje não funciona mais assim... não tenho muita paciência para criar histórias e mentiras. Falsidades... aquela "sala" pra visita... ou "vamos sair com amigos/conhecidos/quem?".



Não tenho saco para sustentar as mentiras que uma sociedade necessita, então uso as verdades... e falo. A porra toda... falo o que esta na minha cabeça e pronto. Não... não pode.
Pessoas que falam a verdade são criticadas. São frios, grossos, desagradáveis.
Pelo punhado de pessoas que convivo, ou elas me odeiam, ou me adoram... não tem meio termo.



Muitas acham que eu estou no mesmo vicio social que elas e simplesmente não acreditam em minhas verdades...  Não importa o quanto eu diga e reafirme... acham que eu estou escondendo algo, que existe um ÁS na minha manga e um coelho na cartola...


Não entendo... nem quero.

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